11 abril 2013

Mas mudando de assunto...

Abril, definitivamente, é um mês de desgosto. Como dizem, "inferno astral". 
Foi o mês em que deixei de ser criança e virei mulher. Apesar de, na época, eu nem ter me dado conta do que aquele sangue esquisito e escuro significava a priori, foi uma sensação de baque. E depois vieram as cólicas. Eu me retorcia de dor na escola mas não contava pra ninguém o que era. Vergonha.

Pulando outras coisas ruins que também ocorreram nesse mês fatídico, esse ano um gato quase morreu envenenado. Se eu não houvesse chegado a tempo, em poucos minutos não teria mais jeito. Mas o pior foi constatar que existem pessoas tão ruins tão próximas assim, já que o Alemão (Lelê) sequer saía do quintal - de um quintal com muros altos.

Só que não é sempre que chegamos a tempo. Hoje foi a vez do Dudu. Depois de mais de seis anos indo e vindo pelo quintal, garagem e jardim, eis que um movimento em falso muda sua sorte.
Uma morte sofrida, imagino. Afogado. Algo que era impossível aconteceu, afinal foram anos passando por ali, como se fosse totalmente seguro.

Uma vez já o salvei do ferimento de uma briga. Seu pescoço, segundo o veterinário, estava em putrefação, e o Dudu andava triste, lerdo... Depois que o peguei para castrar, ele nunca mais deixou encostar (foi antes da briga). Só que como estava doente e fraco, consegui pegá-lo e tratá-lo após sua volta. Poucas vezes após o uso da medicação indicada ele já estava bem e voltou a fugir de mim.
Ao contrário do Lelê, que ficou muito mais próximo (depois da castração e após o envenenamento). 

Duduzinho foi embora assim, sem carinho algum. O que me faz mais triste é que fiquei com a sensação de impotência por não tê-lo conquistado a tempo, culpa por tanto tempo desperdiçado, por não ter sido incisiva na instalação da capa da piscina - que está às moscas ao lado do muro (ah, essa vida tão cheia de urgências inúteis, que viram prioridade...).



Bitter april.


3 comentários:

  1. Ah, que pena, tadinho. Sinto muito por ele. =(

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  2. Não, e ainda tem gente super sensível (só que não) que ainda fala: bah, tá cheio de gato nesse mundo, você pega outro depois.

    Sem comentários ¬¬'

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  3. Que triste... Sinto muito, Docinho. Quando um bichinho querido morre, deixa um vazio enorme. Espero que fique bem. =/

    Beijocas.

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