19 dezembro 2011

Para Refletir: Edir Macedo e a legalização do aborto

É um vídeo curtinho, que tal assistirem para podermos trocar ideias? ;)


Fui criada no kardecismo (ou espiritismo), e nessa religião, assim como a Católica por onde também dei umas "patinadas", a prática do aborto não é vista com bons olhos. Só que é curioso ambas as doutrinas religiosas falarem do "livre arbítrio" e do "não julgueis para não serdes julgados".

Atualmente não professo religião alguma e nem rezo a deuses. Aliás, nem cristã me considero (vem me esbofetear que leva uma surra, vem! haha). Mas uma coisa eu entendi bem, dos anos em que frequentei igrejas e centros espíritas: cada um é responsável por suas próprias ações. Não adianta esse "achismo" de saber o que é melhor pros outros. Ora, se eu não faria um aborto, ninguém tem nada com isso. E se eu, por questões diversas, não querer abortar, isso não significa que devo jogar pedras em quem abortou ou pretende fazê-lo. Cada um sabe onde aperta o calo, cada um sabe seu limite.

Antes que digam "ah, mas tá matando um ser humano, uma vida!". Nem mesmo a ciência chegou a uma conclusão de quando a vida realmente começa. Será que um bololô de células amorfas, que nem mesmo sistema nervoso tem e nem condições de uma vida extra uterina pode ser considerado vida?
E quando a vida termina? Nem essa questão ainda é confirmada. Há uma polêmica sobre pessoas com morte cerebral realmente estarem, de fato, mortas. E como foi decidido isso? Por VOTAÇÃO. Quando fiz minha monografia sobre musicoterapia e estado de coma, encontrei um trabalho acadêmico que demonstrava experimentos que confirmavam que uma pessoa com morte cerebral ainda sente dor, por exemplo (pra quem se interessar, mande-me um e-mail que eu envio o artigo).

Mas antes que eu perca o fio da meada, a descriminalização e legalização do aborto vai além de questões religiosas e de controvérsias da ciência. Ela vai de encontro com a enraizada cultura machista, com o controle do corpo da mulher ao longo de séculos. Não, não sou nenhuma feminista ALOKA. Qualquer pessoa que tiver a paciência de reler a história sob um ponto de vista minimamente crítico, chega a essa conclusão.

Bom, esta é a minha visão a respeito do assunto, e ninguém é obrigado a concordar - nem estou aqui falando todo esse blá-blá-blá para "convencer" ninguém. Mas vejo os debates como saudáveis para nosso conhecimento.


8 comentários:

  1. Faz sentido, concordo que em certos casos o aborto pode ser a melhor saída. Independente de saber quando começa a vida, acho que isso é uma questão bem pessoal e não dá simplesmente pra "ser contra" o aborto e generalizar, pois em muitos casos abortar pode valer mais que deixar a criança nascer e não ter condições (financeiras, emocionais, etc) pra lidar com isso. Enfim, acho que cada caso é um caso.

    ResponderExcluir
  2. Eu concordo com o aborto, primeiramente, por motivos de saúde da mãe ou da criança ou por estupro.
    Mas se analisarmos por outro ângulo, se for legalizado, tem mulheres que já não são mto adeptas à medidas anticonceptivas, imagina se o aborto for legalizado?
    Eu tenho conhecimento de casos que a mulher não se cuida por mera preguiça de ir até uma unidade básica de saúde onde são oferecidos gratuitamente preservativos, anticoncepcionais, etc...
    Acredito que deva-se pensar melhor sobre o assunto porque se, as mulheres não vão nem buscar os meios contraceptivos (q. são de graça), então só imagina?
    É um assunto complicado e que deve se pensar e repensar sobre.
    Bjoks!
    Luciana

    ResponderExcluir
  3. Bom dia Amadinha!!!

    Valeu a visitinha e comentário viu mocinha, espero você mais vezes no meu cantinho tá!!!


    Beijinhos e fique com Deus

    www.ohlouka.com

    ResponderExcluir
  4. Obrigada às meninas que leram o texto e comentaram :)
    Gente! Realmente tem muita mulher - INFELIZMENTE! - que usa o aborto como método contraceptivo. Mas é injusto que, por causa dessas "cabeças ocas", todas as mulheres sejam privadas de realizar esse procedimento sem correr riscos de morte e de coisas piores (já viram o filme "4 meses, 3 semanas e 2 dias"? postei aqui no blog - só ir na tag "vídeos" que acha!).
    Luciana: Talvez você não tenha reparado, mas várias vezes escreveu sobre a responsabilidade da mulher em se prevenir. Claro que nós mulheres TAMBÉM temos responsabilidade, porém não fazemos filhos SOZINHAS. Cadê os homens nessa história? Se tem muita mulher que tem preguiça de pegar preservativos grátis em um posto, muitos homens também têm! E outra: pela nossa "maravilhosa" cultura machista, a mulher é sempre vista como vadia (e daí pra baixo) quando é vista pegando preservativos em algum lugar. Infelizmente é a realidade. Não devemos nunca, JAMAIS nos esquecer de que a responsabilidade é do homem e da mulher. Temos que parar de jogar a batata quente só nas mãos das mulheres.
    Um homem que engravida uma mulher sem condições (emocional, física, econômica etc) é tão responsável por um aborto realizado quando a mulher. Mas pra isso as nossas leis fecham os olhos, né!??! Só as mulheres são punidas.
    Também tem o caso de muitos homens que dizem que irão assumir o filho e nunca mais são vistos. Aí a dona se desespera, aborta, pega infecção, fica estéril pra sempre... E se sobrevive ainda pode ser presa. Um absurdo! Ninguém vai atrás do outro responsável que ajudou a fazer o filho, né? Aiai, parei :x

    ResponderExcluir
  5. Correções: "...é tão responsável por um aborto realizado quanTo a mulher".
    Me empolguei nos "nés" da vida, desculpem.

    ResponderExcluir
  6. Acho que realmente cada um é responsável pelos seus atos, também acho que porque não faço isso ou aquilo, vou jogar pedras e crucificar quem faz. Não concordo com certas práticas mas não posso condenar quem faz. Posso estar errada mas se legalizar, essa prática será uma constante para muitas mulheres!

    ResponderExcluir
  7. Maria Ester: Infelizmente, como já disse, muita gente leviana irá usar o aborto com método contraceptivo - o que eu acho um absurdo, pois além de tudo, aborto não livra ninguém de DST, por exemplo. Depois pega o vírus HIV e fica desesperada "não se sabe porquê" ¬¬
    Mas pra isso o governo tem, também, de investir pesado na conscientização pra esse tipo de coisa não acontecer...

    ResponderExcluir
  8. "como método contraceptivo"... COMO, e não com :D

    ResponderExcluir

Sintam-se a vontade para comentar! Sua opinião é muito importante e faz o blog melhorar.