21 junho 2013

Protestos, protestos e mais protestos (blá-blá-blá)

E aí, pessoal? Tenho a impressão de que a blogosfera da mulherada anda meio parada nesse período de convulsão social. Há poucos textos por aí.

Algumas resolveram escrever sobre as manifestações, outras continuam no mundinho mulherzinha apenas, como se não estivesse nada acontecendo em torno etc. Não é uma crítica, apenas uma observação; afinal cada um escreve o que bem entender no próprio espaço.

Estou um pouco confusa no que escrever, não é somente uma questão de "não deixar o blog às moscas". É preciso escrever algo, mas o quê? 

Antes que me perguntem, não estou participando dos protestos. Há muita coisa estranha rolando por aí, tem gente que até fala em golpe. Porque de repente a Globo começou a apoiar manifestos sociais, de repente apareceram grupos de extrema direita nas passeatas, porque existe gente mal intencionada ali no meio, só para badernar, vandalizar. E o menos importante: passo mal em meio a multidão.

Teve um caso que ocorreu ontem aqui em Campo Grande, Mato Grosso do Sul de uma mulher que passou mal durante os protestos, levaram-na ao Hospital Sírio Libanês e o pessoal lá se recusou a atendê-la. Absurdo. Antes de levarem a mulher pra algum lugar onde pudessem atendê-la, as amigas fizeram uma roda em torno dela, caída ali no chão da rua, em convulsões, para que não fosse pisoteada.
Nossa, só de imaginar isso, me dá falta de ar.

Só sei que o clima está tenso e as pessoas estão tensas também. Notei que alguns se voltaram pro próprio umbigo, até evitam conversar com quem pensa diferente, mesmo se o assunto não é política.
Esses dias tive uma discussão (discussão, não briga) com alguém da universidade que virou pastor. Daniela Mercury criticando as igrejas por quererem interferir na política e o "homi" virou uma fera. "Por que onde já se viu falar tanta merda?". Gente... Não vou falar mal de instituição religiosa, mas isso não me impede de enxergar que não contribuem com impostos, por exemplo. Que recebem verba do governo federal para ministrar cursos e campanhas filantrópicas. Sei do que tô falando, minha mãe já participou desses movimentos pela ICAR. Temos que lembrar de que o Brasil, em teoria, é um país laico. O que rege nossas leis é a Constituição Federal, e não a Bíblia.
Tem gente tão fanática que não aceita isso, quer impor dogmas religiosos e pessoais para uma nação inteira, e ai de quem contestar. Sinceramente, tenho medo de gente assim.
Que cada um tenha seu sistema de crenças (fé), tudo bem. Se faz bem pra ela, ótimo. Mas querer impor pro país todo, dá licença. Tenho direito de discordar.

Certos assuntos devem sim ser discutidos (sem baixaria, claro). E é esse o meu protesto.

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