26 fevereiro 2013

Tentativa de sublimação: esquecer a fome.

Nem sei começar... Talvez esse assunto seja um dos mais populares entre as mulheres: DIETA. E é a primeira vez que eu estou levando a sério uma rotina para emagrecer.

Nos meus praticamente 1.62 de altura e pesando (última vez) 66,7, já estou com o pé no sobrepeso. Não foi a primeira vez que procurei a medicina para me ajudar na perda de peso, esse processo de não conseguir emagrecer nem fazendo academia, muay thai e o escambau começou no segundo semestre de 2009. Até então eu era daquelas pessoas que comiam de tudo e não engordava - e ainda por cima passei uma boa parte da minha adolescência sedentária. Também era considerada magra, "magrela" e, quando criança, "seca" - apelido que eu odiava (ai, saudades).

Até os 29 anos tive uma vida de "magra de ruim", sem me preocupar com o que comia, deixava de comer, com exercícios físicos... Mas, de repente, tudo mudou (imagine aqui um daqueles gritos horripilantes de filmes de terror).

Pois é. Fui perdendo minhas roupas por não caber nelas e daí também todo um processo de diminuição na autoestima - que já não era lá grande coisa. Comecei a sentir na pele a encheção de saco que uma pessoa acima do peso passa a vida inteira. "Você precisa emagrecer", "nossa, como você deixou sua filha engordar assim?" (essa foi pra minha mãe, segundo ela). Sem falar dos problemas que a própria pessoa enfrenta pelo aumento das banhas e tal. Dificuldade pra fazer a unha dos pés (hoje em dia só corto e dou um jeito das cutículas), assadura e outros probleminhas estéticos que são o terror da mulherada.

Enfim... Da primeira vez que me vi engordar muito em pouco tempo (10 ou 8 kg em 3 meses), corri para o endocrinologista e ele me passou a sibutramina. Não resolveu nada e eu até chegava a passar mal. Depois ele partiu pro desobesi (acho que é assim que escreve), um remédio com anfetaminas que foi, inclusive, proibido pela ANVISA recentemente. Me ajudou a tirar um pouco o sono de múmia que eu tenho (pra conseguir descansar, 8 horas não bastam!) e só. Também não quis mais tomar e cortei o tratamento com remédio. Na época estava fazendo academia, ia malhar todos os dias, de segunda a sexta.

Aí pensei: dane-se (queria escrever outra coisa, mas acho que deu pra captar o espírito da coisa). Saí da musculação, que só estava me deixando inchada e me trancafiei em casa. Começou a me dar um desânimo tão grande que eu mal conseguia olhar pra cara das pessoas e ficava irritada se alguém olhasse, se alguém não olhasse. Nada como uma leve paranoia amiga, não é verdade?

Como fiquei largada, aí recomeçou a tortura mental, pra recomeçar a fazer exercícios, pra andar e não sei o que mais. Isso e aliando o fato de ser deprimente comprar roupas, principalmente calças, mais o calor insuportável, resolvi reinaugurar a piscina. Nadei um dia, nos próximos 4 ou 5 apenas fiz uma caminhada dentro da água, ficava em média uma hora, uma hora e meia dentro da água.

Aí o tempo, pra me ajudar, resolveu mudar. E vieram as crises alérgicas, a terra dentro da água, a preguiça + efeito do polaramine e parei uma semana. Nisso, voltei à medicina, consultei uma endocrinologista que me fez fazer aquele exame chatíssimo da esteira ergométrica (coração) e um de bioimpedância. 

Bioimpedância, eis um exame caro mas que vale a pena. Ele mostra a quantidade de líquido, gordura e musculatura do seu corpo, dos membros separados (braço esquerdo, direito, perna esquerda, direita e tronco), calcula a quantidade de calorias que você precisa ingerir ao dia para emagrecer MAIS uma lista de exercícios com o número de calorias gastas por meia hora. Preciso fazer apenas meia hora de algum exercício por dia.

E tem uns 3 dias que estou correndo que nem louca em cima de um degrau (subindo e descendo) e contando as malditas calorias dos alimentos. Gente, nunca dei tanto valor assim às migalhas que caem de um pedaço de bolo, por exemplo, já que tenho que fazer uma restrição de, no máximo, 240 cal por refeição (a cada 3 horas).

Isso é uma tortura! A maior tortura que alguém pode inventar. Porque eu tenho fome! Decidi escrever essa besteira aqui pra ver se esqueço que faltam ainda 15min pra poder comer alguma coisa que dê no máximo 240 calorias, passar fome até a outra refeição e ver se minha irritação passa. Porque passar fome me deixa irritada, vontade de xingar tudo.

E claro! Estou repensando seriamente se vale a pena me torturar desse jeito ou se isso passa... Quem aí tem experiências com emagrecimento? Podem ser bem ou mal sucedidas, vão me ajudar a decidir continuar ou não.
Tô me sentindo a própria Rae do seriado "My mad fat diary", só que sem os garotos bonitinhos.

Dieta é algo que te deixa feliz?

4 comentários:

  1. Nossa, espero q tua mãe tenha dado uma boa resposta em quem falou esse absurdo ""nossa, como você deixou sua filha engordar assim?". Primeiro pq isso não depende de outra pessoa, segundo q isso não faz sentido e terceiro q não é da conta de ninguém. E vamos combinar que tu nem tá gorda pra alguém dizer isso. Tu tá com sobrepeso? Não sei se posso te ajudar, pois tenho/tive sobrepeso a vida toda e sempre tive facilidade pra engordar. Minha "sorte" é que geralmente meu peso fica numa faixa q consigo controlar, mas já notei que quando como muito doce (que por sorte não curto muito) meu peso dispara. Eu tenho sentido mais fome ultimamente e muito sono, mas acho que tô com uns outros problemas que depois comento contigo (calma que não é gravidez hahaha)bjosss

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  2. Pois é, por isso eu disse: "diz ela". Conheço a peça há anos, sei que há grande possibilidade de estar inventando isso só pra pôr pressão :x
    To com sobrepeso sim, olhando de lado se nota bem, heuahueahue.
    Ai, sorte mesmo, eu também nunca fui muito fã de doces, mas ultimamente parece que fico doida se não comer sorvete, doces etc. Sinistro! Nos falamos mais :D

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  3. Puxa... quanta coragem. Se expor, falar tão abertamente dos seus problemas assim.
    Bem, nunca tive tantos problemas assim com meu corpo. Sou uma garota cheinha. Visto 42, mas a minha sorte é que sou alta, então meio que equilibra a força. O que me irrita são as gordurinhas "mal localizadas" na barriga. Fora elas, adoro meu corpo como está agora. Fico horrorosa magra demais. Sério, meu rosto fica encovado, com cara de doente. Não rola!
    Não me estresso com musculação. Fiz um tempo, mas não gostei. Sentia dores o tempo todo! Agora eu faço caminhada de meia hora três dias por semana e fico de olho para não comer muita besteira, mas tb não fico paranóica com o que como. Acho que nunca conseguiria fazer como vc, dieta com calorias contadas. Iria ficar xingando, reclamando e querendo socar todo mundo pela frente.

    Te desejo força nessa fase difícil e que vc se acostume logo e não se sinta tão mal. Se precisar desabafar, estamos aí!

    Beijocas.

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    1. Gi: Eu queria deixar de ser bochechuda, mas nem magra acontece essa façanha. Musculação é realmente CHATÍSSIMO, e não sei como eu consegui fazer mais de anos isso. Mas quando enjoei, não teve jeito mesmo. Realmente, dieta para pessoas estressadas não funciona. Essa coisa de contar caloria, restringir e tal deixaria até a Madre Teresa de Calcutá fula da vida. Mas já melhorei da dor de cabeça, ainda bem, acho que meu corpo ta se adaptando. Imagina só, crise de abstinência por "falta" de comida, era só o que faltava...
      Mas é pra saúde, fazer o que!
      Obrigada pelo apoio!

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