19 julho 2011

18 de julho, dia de luto.

Quem tem e gosta de animais de estimação sabe como é triste quando um se vai. Ainda mais quando é vítima de envenenamento - e não daqueles que tem ação rápida e fulminante, mas os de ação lenta. Duro é cogitar a ideia do bichinho sofrendo por dias, agonizando até, enfim, morrer.

Infelizmente as autoridades (in)competentes pouca atenção dão a fatos como esse. Já é difícil até fazer justiça no caso de um réu cheio da grana, quanto mais quando se trata da gatinha de uma zé ninguém.

Se a Pancinha (Pançoca) ingeriu esse veneno aqui dentro ou lá fora (tinha mania de sair e ficar lá na frente "bestando" - impossível impedir). Em todo caso, acho que não está certo sair jogando venenos por aí assim! Mas quem se importa...? :(

Ela estava internada desde sexta-feira, e achávamos que em pouco tempo já daria para ir lá pegá-la sã e salva. Mas aí os sintomas reais de envenenamento ficaram mais evidentes e recebíamos só notícias nada promissoras: não queria comer, esguichos de sangue (incluindo vômitos), danos cerebrais... Já estava aqui pensando na possibilidade de autorizar uma eutanásia (sacrifício) para que ela não sofresse mais e visitá-la, talvez, por uma última vez (mas na esperança de que com a presença dos "donos de estimação" ela se animasse). Mas chegamos tarde demais. O corpinho dela estava no freezer lá da clínica, mas preferimos levar na memória somente as imagens dela bem, sadia.

Enfim... Fica aqui uma homenagem póstuma.
Levando minha irmã para a universidade, minha mãe nota uma "coisinha cinza" tentando entrar pelo cano da piscina (que sai para a rua). Ela pára o carro e então minha irmã desce, pega o serzinho - esse aí em cima: com a barriga grande (com vermes, provavelmente), bigodes quebrados e cheia de pulgas - e coloca em cima de mim (que estava dormindo, a propósito!) para cuidar.
Aí o gatinho estropiado olha desconfiado e mia assustado só por um instante. Quando começo a fazer cafuné, se derrete todo e começa com os ronrons. Coloquei o gatinho debaixo das cobertas e ele dormiu encostadinho na minha barriga (pança) até minha irmã voltar da aula.


Pançoca é uma mistura de "pança" (por causa do barrigão enorme de quando chegou aqui) e paçoca. E claro, porque até então não sabíamos se era "menino" ou "menina".




Maiorzinha, descobrimos ser uma menina, e aí o apelido "pancinha" e "pança" pegaram. Acima, a docilidade em fazer poses para fotos. Uma releitura da sabedoria chinesa e um ensaio sensual em cima da antiga impressora! (ela queria porque queria dormir ali). Logo começou sua fase rebelde, quando a Pretinha ou Irda foi trazida por mim do campus da UFMS. Mas depois de um retiro espiritual (sumiu por uns dias), voltou mais calma e menos rebelde.
Pancinha logo após o parto. Ela ficou o tempo todo sendo assistida pela "mãe" dela (minha irmã), e no meio do trabalho de parto foi atrás da mãe que foi rapidinho ao banheiro... Ela era bem grudada na gente. Dos filhinhos dela, um nasceu com anomalia genética e teve que ser sacrificado logo que nasceu (triste, o intestino dele era pra fora), um foi adotado (Chorãozinho), uma morreu aqui na piscina de casa (snif) e os outros dois estão firmes e fortes conosco até hoje (Popó e Naorzinho).
Foi mais ou menos por essa época que eu notei que a Pancinha sempre ficava observando quando eu abria e fechava alguma porta. Então a peguei no colo e mostrei devagar e de perto como funcionava. A partir de então, ela foi a precursora em saltos a maçanetas - se uma porta não estivesse trancada, era certo que a dona Pança abria. Depois foi imitada pela sua cunhada (falecida Irdinha) e sua neta (a Frufru).


Pancinha e seu hobby preferido: dormir (de preferência encostadinha em algum humano de estimação dela).
Começando pelas fotos do alto, e sempre da esquerda para a direita. Outro hobby: se encafifar em armários e gavetas sem ser convidada. Na foto acima (1) - não sei como - ela conseguiu ficar por trás de um monte de livros, sob o risco de tudo desmoronar em sua cabeça!
2 - Cachinhos dourados: pose fashion!
3 - Dando a "bênção" ao seu filhinho (Naorzinho). Engraçado que outros gatos também tinham esse comportamento: Irdinha, Dudu, Frufru e até o Alemão (agregado em 2007 à família felina).
4 - Essa é uma das melhores: conseguimos captar os momentos íntimos da Pancinha! Mesmo sendo fêmea e já castrada, "cobria" a Frufru (neta), mesmo esta também sendo fêmea e castrada. Também era um de seus passatempos preferidos.
Espiando pela janela em cima da cama e close nos olhos azuis, "mais azuis que o azul da cor do céu".


Suas últimas fotos...

2 comentários:

  1. Nem pude aproveitar seus últimos dias.
    Vai ser triste voltar pra casa e não vê-la aí *8(((

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  2. Lamento Eny. Sofro até hoje quando me lembro dos últimos dias da minha cachorrinha.
    Bichinhos são como mãe, não deviam morrer nunca.

    Bjs
    Dani

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